quinta-feira, 13 março 2025

PRF apreende 284 toneladas de drogas no Paraná em 2024 e bate recorde histórico

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) bateu um recorde em 2024 ao apreender mais de 284 toneladas de drogas no Paraná, incluindo maconha, cocaína e crack. Esse número supera o recorde anterior, registrado em 2023, quando 195 toneladas foram confiscadas. O aumento nas apreensões reflete a especialização das operações da PRF e a tendência de crescimento nas ações de combate ao tráfico nos últimos anos.

A maconha continua sendo a droga mais apreendida pela PRF, com mais de 280 toneladas retiradas de circulação, seguida pela cocaína, com 3,6 toneladas. Em relação ao ano anterior, as apreensões de maconha aumentaram 46%, enquanto as de cocaína cresceram 34%.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) é responsável por 57% do total de drogas apreendidas no Paraná, considerando todas as forças de segurança que atuam no estado entre janeiro e novembro. Das 444 toneladas de entorpecentes confiscadas, 257 toneladas foram resultado das ações da PRF.

As apreensões nas rodovias exigem um trabalho especializado, incluindo a identificação de suspeitos e a localização de drogas escondidas em veículos, além de um esforço logístico considerável para proteger o material e destiná-lo à polícia judiciária. Fugas em alta velocidade, uma prática comum entre os criminosos, também representam um risco à vida dos policiais e de terceiros. Com o aumento no volume de apreensões, houve também um crescimento no número de traficantes presos, que subiu 23%, de 576 em 2023 para 711 em 2024. Mais de 85% dos detidos são homens.

O trabalho de inteligência tem sido fundamental para os resultados positivos. O uso de ferramentas especializadas e o compartilhamento de informações com outros órgãos de segurança aumentaram significativamente as chances de localizar atividades criminosas. Em relação às apreensões de maconha, 73% do total (203 toneladas) foi fruto dessa inteligência. No caso da cocaína, esse número foi ainda mais alto, com 88% das apreensões sendo resultado de orientações de inteligência.

Além das drogas, a PRF também se destacou na apreensão de armas e munições. Foram localizadas 132 armas de fogo e 1.366 munições, muitas das quais destinadas a grandes centros urbanos. Dentre as armas, 46 eram longas, com maior poder de destruição e alcance, comumente usadas em crimes violentos.

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O Paraná também se destaca pela quantidade de cigarros contrabandeados apreendidos. Em 2024, o estado foi responsável pela apreensão de mais de 29 milhões de maços de cigarro, liderando as apreensões no Brasil.

A PRF no Paraná também tem se destacado nas apreensões de cigarros eletrônicos, conhecidos como Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF). Em 2024, a PRF registrou um aumento impressionante de mais de 250% nas apreensões desses produtos, com mais de 525 mil unidades localizadas sendo contrabandeadas para o Brasil.

O aumento na demanda por cigarros eletrônicos tem levado a PRF a localizar grandes quantidades do produto sendo transportadas em veículos de grande porte, tentando driblar o pagamento de tributos e colocando em risco a saúde da população brasileira.

No Brasil, a comercialização, importação e distribuição desses dispositivos é proibida, e quando encontrados nessas condições, são classificados como contrabando. Além disso, as substâncias presentes nos cigarros eletrônicos contêm aditivos químicos e nicotina em grandes doses, o que aumenta os riscos à saúde dos consumidores. A falta de regulamentação por órgãos de saúde também eleva os riscos, pois os usuários não têm garantia de qualidade do produto.

Pesquisadores das Universidades de Stanford e da Califórnia (EUA) realizaram um estudo que estimou que uma recarga de cigarro eletrônico pode conter a mesma quantidade de nicotina de 30 cigarros convencionais. Alguns dispositivos apreendidos chegam a ter mais de sete vezes a quantidade da recarga analisada no estudo (0,7 ml), o que equivale a dez maços de cigarro em um único aparelho. Como esses produtos não são regulamentados, muitos apresentam concentrações de nicotina superiores às informadas. A pesquisa também alertou que os sabores atrativos dos cigarro eletrônicos e a rápida entrega de nicotina podem aumentar a probabilidade de iniciação e continuidade do consumo, especialmente entre os jovens. O uso contínuo de nicotina pode levar à dependência, com sintomas de abstinência.

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